ECONOMIA VERDE
O Governo Federal lançou na terça-feira, 22 de outubro, em Washington (EUA), uma iniciativa que pretende unir os planos de transformação ecológica e de transição climática do país a investimentos. Trata-se da Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), projeto liderado pelo Ministério da Fazenda, com os ministérios do Meio Ambiente e Mudança Climática; de Minas e Energia; e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de contar com parcerias da Bloomberg Philanthropies, da Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Verde para o Clima (GCF).
A iniciativa tem, entre seus objetivos, incentivar investimentos internos para impulsionar programas, bem como conectar investidores internacionais a projetos estratégicos de desenvolvimento sustentável no país, com foco na transição ecológica e no combate às mudanças do clima.
“Essa plataforma faz exatamente a combinação entre financiamento e projeto. Então, nela vão estar todos os projetos validados pelo BNDES como projetos verdes. Ou seja, com o selo do BNDES, esse projeto está aderente ao Plano de Transformação Ecológica, associado a esses muitos instrumentos de financiamento. Você vai casar o financiador com o proponente que está com o projeto inovador em torno da transformação ecológica”, esclareceu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não estamos sozinhos, felizmente. Há outros países desenvolvendo suas plataformas, como Indonésia e Egito, mas o Brasil está na vanguarda do que tem de mais moderno em termos de organização”, ressaltou.
O ministro exemplificou que, antes da plataforma, somente com duas iniciativas, o Fundo Clima e a Eco Invest Brasil, foram alavancados, respectivamente, R$ 10 bilhões e R$ 45 bilhões em recursos. Com a implementação da BIP, projetos que proponham uma transição energética justa e inclusiva irão ter ainda mais visibilidade. “Essa plataforma tende a potencializar esses números, porque, às vezes, você tem o investidor e não tem o projeto. Às vezes, você tem o projeto e não tem o investidor. Então, nós estamos fazendo um match entre essas duas pontas e com financiamento, inclusive externo”, acrescentou Haddad.
DESENVOLVIMENTO – Assim, a BIP irá facilitar a divulgação das oportunidades de negócio no país, nos setores da chamada economia verde, o que irá injetar mais recursos na economia, além de gerar emprego e renda, acelerando o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Os projetos inseridos na plataforma serão guiados pelo Plano Clima, que norteará a política climática do país até 2035, com estratégias nacionais e planos setoriais nos eixos de mitigação e adaptação. Também terão como base o Plano de Transformação Ecológica, que coordena a transição verde da economia brasileira, com o objetivo de atingir a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal – Secom (texto)
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
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